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Santos e ícones Católicos

História de Pentecostes

Pentecostes, na religião de Jesus

Do mesmo modo como acontece em muitas festas cristãs, a festa de Pentecostes é, também ela, mais um exemplo da incrível inteligência prática desta tradição de dois mil anos, de comemorar os seus eventos mais significativos na mesma data de festas já conhecidas de outras tradições, o que produziu e continua produzindo o efeito de popularização e pulverização de seus temas em todo o mundo. No caso de Pentecostes, por exemplo, a festa já era celebrada pelo povo originário de Jesus, os judeus, como um festival da colheita, o Shavuot, que comemora, além das primícias da terra, a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés, no Monte Sinai, cinquenta dias depois da Páscoa, a libertação da escravidão do Egito. Com a histórica dominação da Grécia, porém, o nome da festa passa a ser Pentecostes, que significa exatamente 'cinquenta dias depois', em grego.

A festa cristã de Pentecostes

No Cristianismo, porém, a festa rememora outro fato: a descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos reunidos no Cenáculo, exatamente cinquenta dias depois da ressurreição de Jesus. A contagem dos dias é narrada pelos Atos dos Apóstolos, que trazem a informação de que estavam reunidos durante a festa judaica mencionada acima e, por esta razão, se consideram também cinquenta dias transcorridos após a Páscoa cristã para celebrar a festa de Pentecostes, acontecimento que é considerado como o nascimento da Igreja.

A descida do Paráclito em Pentecostes

"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós" (Jo 14:16-17). Com estas palavras, Jesus Cristo prometia aos seus discípulos que não os abandonaria e que enviaria sobre eles o Paráclito. Paráclito significa Consolador. A narrativa de Atos dos Apóstolos nos conta que, estando os discípulos reunidos a portas fechadas, em oração, o Espírito Santo desceu sobre eles em forma de línguas de fogo, trazendo a eles a consolação e a coragem para anunciarem o Cristo ressuscitado a todas as nações, o que começou a acontecer imediatamente, já que, segundo o mesmo relato, eles saíram do lugar onde estavam e falavam com todos os que estavam em Jerusalém, em muitas línguas diferentes, espalhando a boa nova da salvação.

Pentecostes e Pentecostalismo no mundo

As muitas e diferentes formas de interpretar esta passagem bíblica deram origem a dogmas, ensinamentos e movimentos a respeito do tema. Em seus documentos oficiais, como o Catecismo da Igreja Católica, por exemplo, a descida do Espírito Santo é ligada ao sacramento de iniciação cristã do Batismo e é condição indispensável para a realização da fé em Jesus Cristo e da própria vida cristã. Desta forma, ao mencionar Pentecostes, este documento em particular aborda na sequência o dogma expressado na fórmula contida no Credo: "creio no Espírito Santo", onde explora de maneira geral este artigo de fé. Não obstante a isto, nos primeiros anos do século XX, em alguns pontos dos EUA, surgiram alguns movimentos que se inspiraram nessa passagem bíblica para propor uma maneira diferente de se relacionar com o Espírito Santo, a partir de orações ao ar livre, com características de entusiasmo e manifestações mais alegres, através de linguagens diferentes, músicas, danças e profecias, por exemplo, e até de acontecimentos considerados como milagres. Ficaram famosas as reuniões acontecidas em 1906 em Los Angeles, conhecidas como o Avivamento da Rua Azusa, dentre outras.

Pentecostes e Pentecostalismo no Brasil

Os estudiosos desse movimento, o Pentecostalismo, afirmam que no Brasil houveram basicamente três momentos significativos, onde o movimento foi implantado, trazido pelo protestantismo, em diversas denominações: o primeiro em 1910 -1911; o segundo em 1940-1950 e o terceiro, dos anos 60 até os dias de hoje, do qual participa também a Igreja Católica, primeiro através dos encontros organizados pelo padre jesuíta Haroldo Joseph Rahm, fundador do TLC - Treinamento de Liderança Cristã, e em consonância com o movimento chamado Renovação Carismática Católica. Hoje existem muitos movimentos com esta inspiração, Associações livres de fiéis (comunidades de vida e de aliança) e até Institutos de vida consagrada.

Para viver o Pentecostes

A palavra de Deus diz que "o vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito' (Jo 3: 8). Seja qual for a forma que ele escolher para se manifestar em nossa vida, certamente produzirá os frutos de sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus e nos impulsionará a vivermos uma vida cheia de luz e que seja, também, luz para quem nos rodeia! E fica o convite para rezar conosco esta bela oração:

Veni Creator Spiritus

Ó, vinde, Espírito Criador,
as nossas almas visitai
e enchei os nossos corações
com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor,
do Deus excelso o dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.

Sois doador dos sete dons
e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós,
por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai,
os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai,
qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli,
e concedei-nos vossa paz;
se pela graça nos guiais,
o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador
por vós possamos conhecer.
Que procedeis do seu amor
fazei-nos sempre firmes crer.

Amém

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