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História de Nossa Senhora do Bom Encontro

A primeira aparição

A primeira aparição de Nossa Senhora do Bom Encontro ocorreu em maio de 1664, no vilarejo de Laus, nos Alpes franceses. Enquanto a pastora de 17 anos Benoîte Rencurel estava cuidando das ovelhas e rezando o terço, ela avistou uma Mulher que usava um vestido branco maravilhoso, enquanto segurava uma Criança em seu colo”. Quando Benoîte ofereceu a ela com muita humildade um pedaço de pão já velho, a Mulher deu um leve sorriso e desapareceu. Depois disso, a mulher apareceu diariamente a Benoîte, levando a mensagem que era um pedido: que ela orasse sempre pelos pecadores.

O início de uma longa amizade

A partir de então, as duas iniciaram uma amizade quase que sobrenatural, que continuou até o dia em que Benoîte faleceu.  A pastora sempre foi muito simples. Certa vez, a misteriosa mulher pediu que Benoîte lhe desse um lindo carneiro e uma cabra de grande porte. Mas a pastora disse: “O carneiro, bela Senhora, eu vos darei e o descontarei do meu ordenado. Mas a cabra, não. Ela me faz falta. Mesmo que a Senhora me ofereça trinta escudos por ela, eu não a cederei.

Benoîte viaja para Laus

Logo as notícias do fato se espalharam, o que fez com que se iniciassem várias investigações. A Virgem Maria ordenou que Benoîte viajasse para Laus, onde os moradores tinham muita fé, e veneravam Nossa Senhora do Bom Encontro há muito tempo em uma capela. A Santa Mãe disse que Benoîte se reencontraria com Ela naquela capela. Foi quando a pastora descobriu que a mulher misteriosa era Nossa Senhora do Bom Encontro

A perseguição

A capelinha era muito pobre, mas Nossa Senhora do Bom Encontro fez uma promessa de que a capela ainda seria uma igreja grandiosa. Incontáveis milagres ocorreram por lá, e consequentemente, inúmeros peregrinos começaram a viajar rumo a capela de Nossa Senhora do Bom Encontro. Porém, com a súbita fama de Benoîte, os clérigos da catedral de Embrun, destino de grandiosas romarias, ficaram com ciúmes e começaram a criar empecilhos à devoção a Nossa Senhora do Bom Encontro. Abriram, então, um inquérito para investigar a pastora. Muito amedrontada, Benoîte chamou Nossa Senhora do Bom Encontro para socorrê-la. A Virgem disse que ela podia responder a todas as perguntas dos investigadores, sem nenhum receio. A Virgem dizia: “Os padres podem dar ordens a meu Filho, mas não a mim.”

O óleo milagroso da Basílica Menor

Depois de passar por um severo processo, a pastora foi inocentada. Com isso, a capelinha de Laus começou a crescer, de modo que no ano de 1891 o Papa Leão XIII ordenou a construção da Basílica Menor. Uma das inúmeras graças dadas a ela por Nossa Senhora do Bom Encontro foi o poder milagroso do óleo que ficava na lâmpada do sacrário, que curava qualquer enfermidade.

Uma vida longa e atribulada

Benoîte morreu aos 71 anos, que foram quase que dedicados exclusivamente a Nossa Senhora do Bom Encontro. Ela estava sempre rezando e passava por severas penitências. Como tinha o dom de realizar milagres e de ler a consciência das pessoas, ela conseguiu converter inúmeros homens e mulheres. Benoîte chegou a chorar lágrimas de sangue por conta das horríveis perseguições demoníacas das quais era vítima. Além disso, com a morte dos primeiros missionários de Laus, alguns padres jansenistas os substituíram, e perseguiram Benoîte e outros devotos de Nossa Senhora do Bom Encontro por vinte anos.

As aparições do Cristo Sofredor e o fim da vida de Benoîte

No ano de 1665, a diocese da cidade de Benoîte finalmente reconheceu as aparições. Começou então a construção de uma capelinha destinada à adoração da Eucaristia e a receber os penitentes. Passados quatro anos, Benoîte iniciou a testemunhar aparições do Cristo Sofredor. Por dez anos, Jesus dizia nas aparições que ela viraria uma alma-vítima, de modo a participar da Paixão de Cristo. Durante os vinte anos seguintes, Benoîte sofreu com inúmeras enfermidades e veio a falecer com 71 anos

O Santuário de Nossa Senhora do Bom Encontro nos dias atuais

A Santa Sé anunciou, no mês de maio de 2008, que reconheceu oficialmente essas aparições. O Santuário de Laus nos dias atuais se encontra sob os cuidados da Comunidade de São João, tem como principal dedicação o Sacramento da Confissão. O processo para a canonização de Benoîte ainda está aberto.

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