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Santos e ícones Católicos

História de Santíssima Trindade

O mistério da Santíssima Trindade

A Doutrina da Santíssima Trindade existe desde os primeiros tempos do Cristianismo. Porém, ela não é um consenso entre todas as igrejas cristãs, já que, apesar das evidências bíblicas, há algumas divergências de interpretação por parte das diversas denominações. Na Igreja Católica, essa doutrina é um dogma e afirma que a Trindade é Una, ou seja, não há três deuses, mas sim, um só Deus; essa unidade divina é trina, ou seja, são três pessoas distintas; e por último, as três pessoas divinas são relativas umas às outras, ou seja, 'por causa desta unidade, o Pai está todo no Filho e todo no Espírito Santo: o Filho está todo no Pai e todo no Espírito Santo: o Espírito Santo está todo no Pai e todo no Filho', como diz o Catecismo da Igreja Católica, no número 255.

O conceito de Trindade antes da Santíssima Trindade

Esta maneira de conceber a divindade, porém, não é uma invenção original do Cristianismo. Alguns estudiosos afirmam, inclusive, que algumas das crenças mitológicas e religiosas que antecedem o universo cristão e são o solo onde sua semente se desenvolve, já traziam em sua cosmologia (maneira de explicar o mundo) e em sua cosmogonia (mitos de origem do universo), o conceito de uma trindade que dividia a responsabilidade na criação do mundo e o poder divino, e que essas crenças o teriam influenciado na formulação do dogma da Santíssima Trindade. No Egito, por exemplo, temos as figuras de Osíris, como pai, Ísis, como mãe, e Hórus, como filho, compondo uma trindade divina. Na Índia, temos Brahma, Shiva e Vishnu; na Grécia eram Zeus, Athena e Hera; e em Roma, temos os mesmos deuses da Grécia, com os nomes trocados para Júpiter, Minerva e Juno, compondo as trindades do mundo antigo.

A Santíssima Trindade no Cristianismo

O Cristianismo nascente entendeu que deveria formalizar as crenças e manifestações de seus seguidores, que começavam a vir de todos os povos e lugares da Terra, com suas influências culturais de origem, que remontavam o mundo antigo e suas antigas formas. Através da interpretação das palavras do próprio Jesus, que se referiu várias vezes ao Pai, dizendo que os dois eram um, e também ao Espírito Santo, afirmando com ele e com o Pai igual unidade, surgiu então a necessidade de esclarecer este ponto e de definir de que maneira a comunidade cristã se expressaria a respeito do assunto. Com o surgimento de uma questão sobre a divindade de Jesus, lá pelo ano trezentos, foi necessário reunir as autoridades e teólogos para tomarem uma decisão e assim, no ano de 325 durante o Concílio de Nicéia, seguido do Concílio de Constantinopla, em 381, se chegou à fórmula do dogma como é apresentada hoje pela Igreja, a qual resumimos acima.

A Solenidade da Santíssima Trindade na Liturgia Católica

A história da celebração litúrgica da festa da Santíssima Trindade remonta aos anos oitocentos, segundo o que aparece em pesquisas sobre a data. A festa nasceu, inicialmente, das práticas de piedade popular e não de uma instituição das autoridades da Igreja, já que parece ser um contra senso ter um domingo para celebrar aquilo que já se celebra todos os domingos. Como tomou demasiada força, em 1334 o Papa João XXII a oficializou e determinou que sua celebração acontecesse no domingo depois da festa de Pentecostes, o que sugere um sentido de fechamento de ciclo, se tomada em conjunto com a Páscoa e com a Ascensão de Jesus.

Os Santos e a Santíssima Trindade

Apesar de todos os esforços da teologia católica e cristã em geral, este artigo de fé permanece sendo um dos mais difíceis de ser explicado e compreendido. O próprio Santo Agostinho, considerado uma das mentes mais brilhantes do universo cristão, teve dificuldades em se expressar: o livro A Trindade, sua obra a respeito do tema, é bastante volumoso. Existe uma história que conta que o santo andava pela praia, preocupado justamente em desvendar este mistério, quando viu um menino tentando colocar a água do mar em um buraco na areia, com uma conchinha. Ao perguntar ao menino o que ele fazia e afirmar que aquilo era impossível, recebeu a seguinte resposta: é mais fácil colocar a água do mar todinha nesse buraquinho, do que a inteligência humana entender os mistérios de Deus! Dizem que o menino era um anjo.

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